domingo, 26 de outubro de 2008

3 fardos?

Talvez nem bem possamos chama-los de fardos, as bases de nossa mentalidade são essenciais para tomarmos parte das nossas atitudes um tanto fora da razão mas ao mesmo tempo nela, essas três caracteristicas basicas estão toda hora em pratica e sem elas, talvez, não existiriamos.

1 - Egoismo

Esta, a principio, considero a mais importante. O esgoismo faz de nossas atitudes e pensamentos sempre voltada ao nosso bem estar, e engana-se completamente quem acha que isto é ruim, que ruim nada, é bom, muito bom mesmo, como diz uma musica de Raul Seixas (lembrei agora) "...o meu egoismo é tão egoista que o auge do meu egoismo é querer ajudar...", o egoismo preserva nosso corpo e mente até mesmo no caso de querer o bem dos que você gosta, porque não existe apenas o egoismo egocentrico, há também o patriotismo que é uma forma de egoismo, o amor de certa forma é um egoismo enorme (você sempre quer ser amado também). Afinal é com o egoismo que preservamos nosso corpo e mente sempre querendo o melhor para sí, e sendo assim melhor você se sentirá mais disposto a tudo e isso interfere na evolução da especie e perpetuação incluse, imaginem, por que é tão comum de ser vista traições? simples, é algo natural do nosso egoismo, você não quer ser traido porque você acha que deve fecundar alguém ou de alguém e você quer trair porque quanto mais você fecundar alguém ou de alguém mais chances de perpetuação tem seus genes, isso é natural e a unica coisa que nos impede, as vezes, de uma traição é a moral (tanto no sentido real quanto no modificado pela midia e sociedade, exemplo: 7º mandamento pregado pela igreja catolica).

2 - Preconceito

Ta aí algo bem interessante, o preconceito, também muito importante. não deixem-se levar pelo moralismo midico e parem de pensar que preconceito é não empregar um paralitico numa empresa ou racismo (seria o racismo um tipo de egoismo e preconceito juntamente), preconceito, na raiz da palavra, significa pré - conceito uma ideia surgida antes de se criar uma certeza sobre algo ou alguém, o preconceito é essencial para que não coloquemos a mão na maldita caravela boiando na agua novamente depois de urrar de dor, para que não façamos as mesmas merdas novamente ou para que percebamos tudo antes de fazermos. O preconceito vem a ser bom para qualquer ser, sendo ele um preconceito consciente ou inconsciente, o preconceito incosciente é aquele que lhe impede de se atirar no fogo sanbendo o perigo que representa e o consciente é o que nos faz preservar nosso egoismo e de ser lubridiado por alguma ideologia proposta ou pregada (é o que muitos deixam de ter e viram assim escravos de ideias propostas não por eles, os moralistas midicos como eu os chamo). Preconceito é outra de nossa proteção.

3 - ignorancia e sabedoria

Agora a mais estranha de se citar, a ignorancia e sabedoria, seriam elas as salva-guardas das anteriores. o saber é a ferramenta especial de um ser humano, criando em todo o sistema natural do planeta uma soberanidade para com outras especies, mas este saber torna-se prejudicial também, ao tempo que ele é benificiário ao bem estar momentaneo (com toda idade do universo, diria eu que o humano até hoje vive apenas um pequeno momento) ela chega a ser prejudicial para todo este eco sistema que nada racional é, claro que com sabedoria poderiamos mudar muito do destino, mas com a ignorancia tudo apenas aconteceria de forma fluente, então a ignorancia salva as caracteristicas anteriores quanto a sua forma inconsciente e a sabedoria na sua forma consciente. Por isso nos é tão importante não saber de tudo e ao mesmo tempo saber de algo, a sabedoria nos trás todas as preocupações que nos deixam seres abalados mentalmente e ignorancia a nossa falta de dominio sobre os outros menos ignorantes nos rebaixando a estes como os cães se rebaixam a nós.

Como ja citado em outro post, tudo tem seu yin-yang, e estas caracteristicas ao mesmo tempo que são especiais são também preocupantes, portanto não trata de querer te-las ou não mesmo se fossemos capaz desta escolha, me sinto muito bem sendo egoista, preconceituoso e ignorante sabio (ignorante em algumas coisas, sabio em outras). Refleti sobre tudo isso a uns tempos atrás mas apenas agora estou reformulando uma teoria, e não venham me perguntar se li tal livro pra escrever isso, não li nada sobre isto até hoje apenas refleti. Enfim, idiotas são os que julgam algo ruim ou bom, como diz Friedrich Nietzcshe "o que nós fazemos nunca é compreendido, apenas louvado ou condenado" estas pessoas julgam as coisas como lhes é conveniente e não tratam de perceber o que não lhes agrada sendo que isso poderia lhes salvar de muitas de suas atitudes bestas, não entrarei em detalhes sobre isto, mas digo que se todos percebecem melhor suas atitudes (porque claro que nem sempre estas caracteristicas são boas) iria ser menos preconceituosos da pior maneira, sem mais.

"Seria o egoísta, o homem mais importante do mundo" - Anton Giese Anacleto

"O preconceito é uma dádiva da incerteza, acho" - Anton Giese Anacleto

"O ser humano precisa ser ignorante, porque se entendessem o que digo seriam ignorantes demais" - Anton Giese Anacleto

2 comentários:

Erikson disse...

Primo-san! Interessante postagem, e bastante ousada já que procura definir as bases do que chamas "mentalidade". Entranto, admito que fico com uma dificuldade já de saída. O que é a mentalidade? Relativo à "mente"? Mas mesmo assim, o que é a mente? Os processos neuroquímicos em nosso cérebro? Nossa fala interna? Nossas capacidades cognitivas? Nossos afetos? Admito que, como psicanalista, tenho uma certa ojeriza à palavra "mente", tanto por sua conotação substancial (p.e., a idéia de uma substância pensante, à la Descartes, ou alma) ou pela sua referência às capacidades cognitivas do homem. Acho que é uma palavra que insere uma série de dificuldades para se pensar o psiquismo.
De qualquer forma, em frente: o egoísmo. Achei interessante suas elaborações, até porque se aproximam de um conceito psicanalítico - o narcisismo. Entretanto, no fim das contas pareces apelar para a biologia para fundamentar o egoísmo - quando falas dos genes e preservação da espécie e traição. Falar disso como natural é tirar de vista a noção de desejo e de intencionalidade, centrais para pensar a subjetividade. Se reduzimos ao biológico, o que sobra para o psiquismo? Perigo de cair em reducionismo, penso.
Quanto ao preconceito, novamente, acho interessante seus desenvolvimentos. Entretanto, o exemplo e diferenciação entre um que seria "inconsciente" e outro "consciente" me parece desnecessária. Por um acaso, saber que se atirar no fogo pode queimar não é bem sabido por aquele que evita tal ato? Como o inconsciente é uma categoria cara à psicanálise, penso que seria necessário abordar melhor essa diferença (na minha opinião, claro).
Por fim, a ignorância/sabedoria. Fiquei me questionando, por que terias colocado as duas juntas? É bem verdade que uma implica a outra, p.e., é só admitindo-se ignorante em algo que se vai buscar conhecer sobre aquilo. Novamente, pareces colocar em relação consciente/sabedoria e inconsciente/ignorância, mas não entendo bem essa diferenciação que fazes.
Quanto ao parágrafo final: acho formidável que tenhas refletido nisto tudo por conta própria. Contudo, acho que seria interessante pensar em leituras possíveis - não é necessário se fundar no pensamento de alguém para tornar o teu mais correto; a função da leitura, pelo menos como a compreendo, serve também para se pensar CONTRA alguém. É uma possibilidade de se apurar a argumentação e aprofundar nossa compreensão.
Abraços!

Anton disse...

Erik-san! Imagino como é estranho pensar assim na forma tão "substancial" da palavra mentalidade, mas a principio uso ela de uma maneira mais facil apenas substituindo "a forma de pensar", talvez tenha ela sofrido alterações até chegar em meus ouvidos (ou olhos).
Mas o que me intriga tanto é esta maneira de pensar que o psiquismo não seja algo natural, pois provém das varias cargas eletricas, atomos, celulas, orgãos de que somos compostos desde protozoário à humanos, não deixa de ser uma dadiva evolutiva como outra qualquer, a mais evoluída, mas não existiriam outros tipos de "mentalidades"? Digo uma nova evolução que não trata de consciencia mas crie um mundo, imaginario, melhor ou que contenha mais noção (seria mesmo nossa consciencia uma ultima maneira de pensar?), de uma forma acho que isto reduz a maneira como se pensa do psiquismo, mas se não vemos como o biologico (fisico, quimico) como vermos? alma? um espectro? (caso sim, então um celula não tem alma? um protozoário também não? um fungo não?).
Ah quanto ao consciente e inconsciente também percebi meu erro, isto no momento em que postei, porém eu ja havia esfriado a cabeça e não voltei atrás, deixei que questionasse.
Quanto a relação que faço entre sabedoria/consciencia, ignorancia/inconsciencia admito que não faço ideia do que estava pensando na hora (risos), realmente nem eu me entendi, mas imagino que devo ter trocado os sentidos das palavras talvez de uma maneira assim "sabedoria nos levaria a um entendimento maior proporcionando a parte "tecnica" da forma de pensar e ignorancia nos levaria a falta desta tecnica nos concentrando mais nas caracteristicas citadas" talvez.
E quanto a leitura não tenho duvidas de que o que diz é correto, eu me aprofundo na leitura sim, mas eu estava focando tais palavras em não ter lido sobre isso porque me perguntaram se eu havia lido o livro "o dia do curinga" quando escrevi sobre qual o papel do curinga no baralho, mas não largo mão de uma boa leitura (quanto mais quando se trata de criticar).
Abraços!